E eu estaria na sacada do nosso apartamento, que seria no terceiro andar, com um sorriso no rosto, esperando você chegar do trabalho. Nossos olhares se encontrariam, assim que você entrasse pela porta e mais do que depressa, eu iria correndo ao seu encontro. O nosso jantar seria alguma daquelas comidas prontas ou quem sabe, brigadeiro. Já que a cozinha, seria território seu e eu, não me atreveria a chegar muito perto. Você riria de mim, assim que notasse que pra variar, eu estaria de pijama e claro, que aquele teu sorriso cheio de malícia iria aparecer. Passaríamos as noites assistindo alguma porcaria na tv e rindo, feito duas crianças. Faríamos guerra de travesseiros ou guerra de comida, nosso quarto seria sempre bagunçado e nossos perfumes, sempre misturados. Eu deixaria um bilhete na porta da geladeira quando saísse pra trabalhar e te ligaria no meio da tarde, só pra saber se você não esqueceu de nada. No final da tarde, nos encontraríamos no parque e andaríamos por horas e horas, sem nos preocupar com nada. Relembraríamos de como tudo começou, por tudo que passamos e como nosso amor cresceu. Voltaríamos pra casa caminhando e observando tudo e todos a nossa volta. Riríamos de coisas bobas e iríamos babar, nas crianças que passassem. Chegaríamos em casa e você, prepararia minha comida preferida, enquanto eu, dava um jeito na bagunça que você piorou. À noite, dormiríamos abraçados. Você com aquela carinha de “menino frágil” e eu, sem sono –como sempre- te observando e tendo a certeza, que fiz a melhor escolha do mundo.
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